terça-feira, 26 de março de 2013

Meia maratona de Lisboa EDP 2013

 
O dia 24 de Março de 2013, estava há muito reservado no meu calendário de provas. Quem acompanha este humilde blogue, sabia que esta era a data em que eu ia tentar fazer um tempo abaixo de 1h50m na meia maratona.
Voltando um pouco a trás, quando em setembro de 2012 acabei a meia maratona da ponte Vasco da Gama em 2h03m, apercebi-me que estava a regredir em termos de resultados. Sempre tinha feito tempos abaixo das 2 horas, por isso decidi nessa altura que na próxima meia maratona (a 9 de dezembro) teria como objetivo correr abaixo de 1h50m e além disso queria perder peso. Pois bem, nessa meia maratona não fui além de 1h54m, tirei 9 minutos ao tempo anterior mas falhei o tempo a que me tinha proposto. Não desanimei e mantive o objetivo para o dia 24 de março de 2013. Tinha de treinar mais e melhor e ,acima de tudo, perder o peso que não tinha conseguido perder até ali. Não segui nenhum plano de treinos, mas treinei com mais qualidade. Fiz séries e treinos mais longos, coisa que há muito não fazia. A perda de peso é que não teve o resultado esperado, apenas perdi neste período cerca de 1,5 kg. Seria suficiente para alcançar o objetivo pretendido?


Eram 9h15 quando cheguei à zona da partida, depois de uma curta viagem de comboio.
Nunca me passou pela cabeça chegar mais cedo, mesmo assim teria que esperar mais de uma hora pela partida. Mas verdade seja dita, se tivesse chegado mais tarde a confusão seria muito maior. Assim até que não correu mal, tendo em conta que havia 37000 inscritos.
Entretive-me um pouco a ler um jornal desportivo que levei, embora o assunto principal fossem as eleições do clube rival. Enfim, valia tudo para passar o tempo.
Comi uma barra energética, bebi 0.5 L de água e ainda consegui fazer um pequeno aquecimento. Nas corridas das pontes é raro conseguir fazer o aquecimento.
E chega o momento da verdade, será que ia conseguir? Depois de tanto tempo a falar disso no blogue, do apoio que recebi dos amigos da corrida, comecei a sentir o peso da responsabilidade. " Vou dar o máximo e depois logo se vê ". Foi com este pensamento que comecei a prova e fosse qual fosse o resultado, corridas e objetivos não iam faltar.

Tentei não forçar muito logo de início, mas a verdade é que me deixei ir  e fiz os primeiros 7 Km sempre abaixo de 5:15/Km. Estava sentir-me bem e nem pensei que podia, eventualmente, pagar um preço elevado lá mais para o final da corrida. Não me queria afastar muito do ritmo necessário para atingir o meu objetivo e  como tinha feito a Corrida das Lezírias (15,5 Km) a uma média de 5:06/km ia tentar aguentar o andamento.
Entretanto chegamos à Av. da  Ribeira das Naus e fazemos o retorno, tínhamos agora cerca de 8/9 Km até ao outro retorno quase no Dafundo. Nesta altura estava com pensamentos positivos, o ritmo era bom e não me estava a ressentir muito. Estava calor e aproveitei todos os abastecimentos para me refrescar.
Aos 11 Km comecei a sentir uma pequena dor no pé esquerdo, por debaixo dos dedos. Não era muito forte mas incomodava, comecei a ficar preocupado e abrandei um pouco para analisar melhor a situação. Não parecia ser grave, mas foi o suficiente para o ritmo baixar para cerca de  5:30/Km. Se este fosse o único percalço estava eu bem. Ainda estava dentro da média. O pior veio aos 15 Km, comecei a ter uma sensação conhecida e bastante desagradável. Comecei a sentir as pernas pesadas e o pensamento de que podia falhar o objetivo também apareceu pela primeira vez. Não podia ser, desta vez tinha feito treinos longos exatamente para estar preparado para esta altura da corrida. Isto não podia estar a acontecer novamente. Mas estava.
Tomei um gel que tinha levado, na esperança que os músculos dessem sinais de recuperar.
Dos 15 até aos 18 Km foi um sacrifício tremendo, estava a ver o ritmo a baixar e o que me vinha à cabeça era "vou falhar".
Foi uma luta terrível entre a mente e o corpo, a mente a ordenar ao corpo e este a fingir que não ouvia. Ele ouvia mas não estava a ser capaz de reagir. E o retorno que não chegava, será que era na Cruz Quebrada?!!!
Finalmente vejo os atletas a voltar. Até que enfim, porra!!!
Faltavam somente 3 Km para a  meta e apesar do tempo ser superior ao que eu queria, ainda era possível. Teria era que correr a 4:50/Km. 
Dei o que tinha e o que não tinha, ao mesmo tempo que olhava para o chão tentando evitar as cascas de banana que alguns irresponsáveis tinham atirado para o meio da estrada. Não queria aceitar que poderia falhar o objetivo por tão pouco tempo. Mas infelizmente o ritmo não aumentou o suficiente, e comecei a preparar-me para a possibilidade de não conseguir a marca pretendida. Corria de forma tão desesperada, que até tive receio de me dar qualquer coisa má. Cortei a meta, parei o relógio e lá estava o tempo de 1h51m17s. Foi por pouco mais de 1 minuto. Foi pena.
Devo confessar que não fiquei tão chateado como pensava que ia ficar. Estava de rastos, dei o máximo. Apesar de não ter atingido a marca que pretendia, 1h51m era um grande tempo. Tinha tirado 3 minutos ao tempo da meia anterior.


Já na pose da bonita medalha e a saborear um gelado, o pensamento nesta altura era de contentamento por mais uma meia maratona concluída. Tem sido sempre esse o pensamento e isso é o importante.

Agora que já passou um dia, tenho a certeza que o problema foi o peso que não perdi. Menos 4 ou 5 kg tinham feito toda a diferença.
Enquanto não perder cerca de 5 kg, não vou colocar mais nenhum objetivo de tempo aqui no blogue. Aliás, a perda de peso passa a ser (outra vez) o meu grande objetivo. Não só porque vai melhorar os meus tempos, mas principalmente porque tenho realmente alguns kg a mais.
Mas não estou arrependido de ter dado conhecimento do desafio 1h50m, afinal desde essa altura baixei 12 minutos na meia maratona.

Quero agradecer, mais uma vez, a todos os que me incentivaram neste meu desafio. Não foi por falta de apoio que falhei o objetivo.

Deixo aqui algumas fotos que tirei, antes e depois da corrida.

Boa semana e bons treinos a todos.



quarta-feira, 20 de março de 2013

12 Km de Salvaterra de Magos, já a pensar na meia da ponte 25 de abril

 
No domingo participei mais uma vez nos 12 Km de salvaterra de Magos. Uma prova simpática e numa zona muito bonita.
O dia amanheceu chuvoso, mas acabou por ficar bom para correr.

A uma semana da meia maratona da ponte 25 de abril, esta prova era o último teste.
Queria correr a uma média de pelo menos 5:15/km, pois esta é a média que tenho de fazer na meia maratona do próximo domingo se quero atingir o objetivo de 1h50m.
Na 5ª feira anterior, como me sentia bem, acabei por fazer um treino um pouco puxado. Durante a prova senti que não o devia ter feito, as pernas estavam pesadas. Além disso, estava um ar abafado que dificultou bastante a vida aos corredores. A certa altura, andei completamente fora do ritmo desejado, mas com muita determinação consegui voltar a apanhar o andamento pretendido.
Lá consegui fazer a média pretendida, fiz o tempo de 1h03m o que deu uma média de 5:14/km. Mas senti muitas dificuldades.

Já pouco mais há a fazer em termos de treino para a meia maratona de domingo.
Durante os três últimos meses treinei a pensar num tempo de 1h50m nesta meia maratona.
Não segui nenhum plano de treinos, mas fiz séries, rampas, alguns treinos longos e participei em provas de 15 km.
Julgo estar em condições de atingir o objetivo de 1h50m. Mas nunca se sabe.
Esta semana só vou fazer 3 treinos e todos eles bem leves, quero chegar a domingo em boas condições.
Já falhei este objetivo de tempo uma vez, vou ficar bastante chateado se falhar novamente.

Quero agradecer ao pessoal da blogosfera pelo apoio dado durante estes meses, foi devido às vossas palavras que não falhei os treinos mais técnicos ( pronto, falhei poucos ).

Bons treinos para todos.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Corrida das Lezírias 2013

 
A duas semanas da meia maratona da ponte 25 de abril, esta era a corrida ideal para fazer um teste à minha atual forma física.
Desde que entro em corridas, só uma vez falhei esta prova. E falhei porque estava lesionado. Vila Franca de Xira não é longe, o percurso tem 15,5 km e corremos nas Lezírias. Tudo boas razões para não deixar de participar.
Para concretizar o objetivo de fazer 1h50m na meia maratona do dia 24, tenho de conseguir manter um ritmo abaixo de 5:15/km. Portanto, nesta corrida o objetivo era saber se conseguia fazer os 15,5 km nesse ritmo.
Podemos dividir a corrida em três partes:
1ª parte em empedrado e a travessia da ponte (cerca de 3 km)
2ª parte num percurso em terra batida com retorno (cerca de 9 km)
3ª parte o inverso da 1ª parte (travessia da ponte e empedrado)
Passei a 1ª parte a olhar para o chão devido ao piso ser muito irregular e poder colocar mal o pé. A ponte também não foi fácil, tem uma inclinação razoável. O tempo nesta altura foi superior ao pretendido.
A 2ª parte foi mais rápida, o percurso era plano e em terra batida. Aqui consegui colocar um ritmo dentro do pretendido, até fiz alguns km abaixo dos 5 minutos. É maravilhoso olhar para o relógio, ver o ritmo de 4:50/km e ainda ter capacidade para esticar um pouco mais ( benditas séries ). Sinto que tenho de melhorar a forma como respiro durante a corrida, a minha técnica não é grande coisa. Tenho de fazer uma pesquisa sobre o assunto.
Fiquei muito contente com a minha prestação nesta parte da corrida.
Na última parte da prova, acusei um pouco o alto ritmo que vinha a impor. Aquela subida da ponte foi complicada, o ritmo baixou logo para 5:40/km. Passada a ponte voltei ao ritmo mais rápido e acabei novamente abaixo dos 5:00/km
.
Deixem passar o 151
Acabei a prova em 1:17:47 (pelo meu relógio) a uma média de 5:06/km.
A questão que se coloca agora é se consigo aguentar este ritmo por mais 6 km.
Não  vai ser nada fácil.
No domingo estarei em Salvaterra de Magos para os 12 km locais. Será o último teste antes da meia maratona.
Farei o relato aqui no blogue.

Tenham um bom resto de semana.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Aquecimento de 7 km + Corrida da Árvore (10 km)


 
Inicialmente não estava a pensar participar na Corrida da Árvore, mas sendo em Lisboa e num local como Monsanto não resisti.
A três semanas da meia maratona da ponte 25 de abril, este dia era ideal para um treino longo. Como acabei por me inscrever na corrida, tive a ideia de fazer um treino e depois participar na prova. Nunca tinha feito uma coisa destas e não sabia como me ia sentir. Mas assim já era um treino longo.
Encontrei o Pedro Carvalho que me acompanhou durante a maior parte deste treino pré-prova.
Corremos 7 km num percurso variado e muito bonito. Nem demos por isso.
Já tinha corrido em Monsanto, mas nunca deixo de ficar maravilhado com aquele lugar.
Tirei umas fotos que mostram bem a sua beleza.






 
Tenho-me esquecido deste belo lugar para treinar, mas essa situação vai mudar. Nos próximos fins de semana tenho corridas, mas assim que acabar esta fase voltarei de certeza a Monsanto.

Como a seguir tinha a prova, este aquecimento de 7 km foi feito a um ritmo leve.



Chegam as 10 horas e é dada a partida para a Corrida da Árvore. Participam cerca de 1000 atletas.
Vou nas calmas, a ver como o corpo reage. Passado o primeiro km o Pedro aumenta o ritmo e avança no pelotão.
Nesta prova a questão do tempo final não era importante.


O meu receio não se verificou, o corpo reagiu bem ao treino de 7 km. Não estava com o ritmo do GP do Atlântico, mas sentia-me muito bem e corria a 5:30/km. Nada mal.
Como estava bem, acabei por colocar um ritmo mais alto do que tinha previsto. Foi assim durante quase toda a prova, para minha surpresa fiz o km 7 em 4:56 . Mais uma vez, foi o treino de séries a fazer efeito.
Terminei a prova em 54:21, um tempo muito bom. Fiz uma média de 5:23/km.
Como me senti bem, para a próxima corrida (15 km) também farei um treino/aquecimento de 3 ou 4 km.




Tivemos direito a uma t-shirt técnica e a um pequeno pinheiro. Afinal, era a Corrida da Árvore.
Foi uma prova simpática e realizada num sítio lindo.  No futuro, será díficil não participar.

No domingo estarei em Vila Franca de Xira para a Corrida das Lezírias. Gosto muito desta prova e é mais uma etapa na preparação da meia maratona do dia 24.

Continuem a correr que fazem muito bem.