sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Sevilha - A minha internacionalização



Tal como prometido, aqui estou a falar da minha primeira prova no estrangeiro, a Maratona de Sevilha.
Primeiro que tudo, tenho que agradecer ao Jaime por me ter facultado o seu dorsal. Infelizmente, isso aconteceu por ele se ter lesionado, uma situação ingrata e de que todos os corredores tem medo. Vou tentar honrar o dorsal.

Desde que comecei a levar a corrida mais a sério que tenho um desejo, poder conhecer outros lugares através da corrida. Já tive oportunidade de conhecer várias localidades e ver que o nosso País tem muito para oferecer. Este ano tenho algumas provas em sítios que não conheço, é um dos requisitos para escolher uma prova.
Mas claro que correr no estrangeiro estava nos meus objectivos, não pensava era que se concretizasse tão depressa. Quando surgiu a oportunidade, agarrei-a com força.
Mas não vou sozinho, vou com um grupo de amigos e a namorada, vou muito bem acompanhado.
A preparação não foi a melhor, por isso vamos de passeio a Sevilha e aproveitamos para correr pelas ruas da cidade, queremos terminar mais uma maratona. E sei que vamos TODOS atingir esse objectivo. Como disse, houve alguns problemas na preparação de vários atletas, mas a nossa determinação vai prevalecer.
Vamos todos ser felizes em Sevilha.

Aproveitem bem o fim de semana, corram e divirtam-se em boa companhia.

Até para a semana, espero que com mais uma maratona no currículo:)

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

2º Trail de Bucelas

Bem podia ser o cartaz da prova
 
Em 2013 participei no 1º Trail de Bucelas (12 km), gostei muito e logo me comprometi a participar no ano seguinte. Nesta 2ª edição, depois de ter aumentado as distâncias em trilhos, foi obvia a escolha dos 25 km. 
 
A equipa "4 ao km " esteve bem representada nesta prova, eu, a Isa, a Carla e a Rute. Cada vez mais, em estrada ou em trilhos, lá está a camisola amarela dos "4 ao km".
Esta é uma prova perto de Lisboa e com uma boa organização, por isso é para continuar a participar.
Já participei em provas com os mais variados tipos de piso, este Trail de Bucelas pode ser considerado o Trail da lama. Depois da chuva nos dias anteriores à prova, era previsível o estado do piso. Claro que houve zonas sem lama, mas quando havia lama era mesmo a sério.
A Isa foi a minha companhia durante toda a prova, juntos ultrapassámos todas as dificuldades que nos apareceram pela frente, e foram muitas.
A prova já foi no dia 2 deste mês e muito já foi dito sobre ela, por isso vai haver mais fotos do que palavras.
Aqui vão elas:
 
A Carla, eu e a Isa







 
 

 
 
 
 
 
 





 
 
 
 
Não podia ter melhor companhia
 
Como se pode ver pelas fotos, em certas alturas não havia outra hipótese se não acravar o pé na lama e seguir em frente. Só custa a primeira vez, depois é como se nada fosse.
As fotos não mostram as zonas de maior lamaçal, nessas alturas todo o cuidado era pouco para não escorregar, por isso o telemóvel ia guardado.
Mas nem tudo foi lama, houve partes em que deu para correr e apreciar a bonita paisagem.
Quase no final, ainda tivemos oportunidade de atravessar um ribeiro com água pelos joelhos. Esta parte era bastante esperada e valeu bem a pena.
Foi uma grande aventura, ninguém se aleijou e a diversão esteve sempre presente.  Chegámos à meta com mais de 4 horas de prova, a Isa logo disse que tinha sabido a pouco. É isto o Trail, quando acaba nós queremos mais.
Se tudo correr bem, este ano vai haver muito Trail por este País fora.
 
Até 6ª feira, ainda venho aqui falar da minha primeira corrida no estrangeiro.
 
Continuação de boa semana para todos.
   

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Trilho dos Abutres


Mais uma vez atrasado, cá vai o relato do Trilho dos Abutres.
A Isa quis acompanhar-me a Miranda do Corvo, apesar de não participar na prova. Com a sua companhia, a viagem foi muito mais agradável.
Chegámos já com pouco tempo para levantar o dorsal e fazer o controle. Depois de receber o dorsal e com o controle feito, encontro o Carlos Cardoso, mas o tempo era pouco e não deu para falar muito. Fica para outra prova.


Uma camioneta fez o transporte dos atletas para o local da partida em Vila Nova. Uma viagem curta.
No local da partida, deu para sentir o entusiasmo dos atletas acerca deste Trilho dos Abutres, ouvi o pessoal a dizer que era uma prova muito difícil. Fiquei de pé atrás, mas não havia de ser nada.


Dada a partida, os primeiros km foram feitos em caminhos de terra mais ou menos largos, aqui ainda consegui correr alguma coisa, apesar de algumas subidas.

 
Daqui em diante começam os verdadeiros trilhos, caminhos estreitos e com alguma lama, a exigir muita atenção para não se escorregar.
Aparecem também os primeiros cursos de água, molhamos os pés na primeira de muitas vezes.





A paisagem à nossa volta era linda. Nunca me consigo concentrar só na prova, fico a olhar feito parvo para a beleza destes sítios.
A temperatura estava boa, guardo o corta vento na mochila para ficar mais à vontade.
E começa a escalada, temos de subir por caminhos de rocha e raízes de árvores com a ajuda das mãos. Esta foi a razão porque tirei poucas fotos, tinha as mãos sempre cheias de terra.
A lama tornava o piso muito escorregadio, nesta prova bati o meu record de espalhanços, devo ter batido com o rabo no chão mais de dez vezes, no mínimo.
Quando não havia trilhos estreitos com lama, tínhamos outro tipo de dificuldades, subidas bastante inclinadas que custavam bastante a ultrapassar.





Tudo muito bonito, não é verdade?
Houve alturas que deu para correr um pouco, mas logo surgia uma nova zona para trepar ou um curso de água para atravessar. Havia uns troncos de madeira para ajudar a atravessar os cursos de água, estavam era muito escorregadios e alguns atletas caíram ao tentar passar, felizmente sem consequências de maior.
Durante a prova conheci um atleta de Coimbra, o Tiago Simões. Começámos por falar de dificuldades encontradas noutras provas e acabámos por fazer a prova juntos. O nosso ritmo era mais ou menos o mesmo.
Já falei da água, foi uma constante ao longo da prova. Dava para tirar a lama dos pés e também dava para tirar bonitas fotos.





E os desafios continuavam, em certas zonas havia cordas e correntes para o pessoal se agarrar, tal eram as dificuldades colocadas.
A organização da prova é de qualidade, nas zonas mais perigosas havia sempre alguém da organização ou dos bombeiros para qualquer eventualidade.
Na segunda metade da prova, houve algumas descidas em que deu para correr e melhorar um pouco o tempo de prova. No final de uma dessas descidas, saímos do meio da vegetação e entrámos numa zona aberta em que o vento era forte e frio. Por esta altura cheguei a pensar em vestir o corta vento, mas passados cerca de 200 metros entrámos novamente no quentinho da vegetação. Foi a única altura em que tive muito frio.
Já depois dos 20 km, num dos abastecimentos, fiquei a saber que a prova não seria de 23 km, mas de 25 ou 26 km. Não estava à espera, mas lá teriam que ser feitos. Os abastecimentos estavam muito bem fornecidos, havia laranja, bananas, torradas com mel, coca-cola, água e mais qualquer coisa que agora não me lembro. Foram uns minutos bem gastos.
Os últimos km de prova, já foram feitos por caminhos dentro da povoação. Estávamos esgotados, apesar do piso ser plano, tivemos de andar algumas vezes.
Mas conseguimos chegar à meta sem mazelas de maior, o nosso tempo nos 26 km de prova, foi de 5h22m.

Nós os dois, lá atrás
 
A precisar de um bom banho

Antes da prova, disse à Isa que esperava demorar 4h e pouco, vejam bem a minha ingenuidade.
Falei muito das dificuldades da prova, mas adorei cada km. Foi a prova de trilhos mais difícil que fiz, mas para o ano quero participar outra vez.

Uma palavra para o Tiago Simões, gostei de ter feito grande parte deste desafio na sua companhia.

Como disse no inicio, a Isa fez questão de me acompanhar nesta viagem, passou a manhã a conhecer Miranda do Corvo e a ver a chegada dos atletas mais rápidos. Foi preciso uma grande paciência para aguentar aquelas horas todas. Ao chegar ao pavilhão, gostei muito de olhar para a bancada e de a ver a acenar. Muito obrigado Isa.

Quero ver se durante a próxima semana falo do Trail de Bucelas, outro desafio bastante interessante.

Boa semana para todos!