Em outubro, no final da minha primeira maratona, fui atacado por fortes cãibras e andei uma semana cheio de dores nas pernas, mal podia andar e quase não corri. Só voltei às provas um mês depois.
Este ano, já membro da famosa equipa "4 ao km ", fui preenchendo o calendário e não dei importância ao facto de ter provas nos fins de semana a seguir à maratona de Sevilha. Bonito!!!
Quando pensei bem no assunto, claro que comecei a ficar com dúvidas se estaria em condições para estar presente nessas provas. Não seria o único nessa situação, a Isa e o João tinham o mesmo "problema".
Como disse no relato da Maratona de Sevilha, no final da prova tive uma ameaça de cãibras, mas nada comparado com o que me aconteceu em outubro. Na semana seguinte, consegui correr várias vezes e fiquei mais otimista em relação às tais outras provas.
A maratona não é uma corrida qualquer, exige um determinado tempo de recuperação, os treinos pós-maratona foram poucos e a ritmo lento.
Como nos iriamos portar, eu e os outros membros da equipa?
Ali diz 20 km, mas na verdade foram 21 km, esta foi uma das falhas da nova organização desta prova. Já reconheceram essas falhas, para o ano vai tudo correr melhor.
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Linda! E a paisagem também. |
Fiz toda a prova com a Isa e para nosso espanto, sentimo-nos muito bem e corremos a um ritmo mais alto do que o previsto, nem parecia que tínhamos feito uma maratona uma semana antes. Nada de sofrimento, o corpo pedia para correr-mos mais depressa.
Como era altura de Carnaval, ainda nos rimos com as fatiotas usadas por alguns atletas.
A sorrir, uma semana depois da maratona!!! |
Soubemos depois, o João teve de parar devido a uma dor no joelho. Fez bem, não era necessário arriscar.
Os "4 ao km" presentes, Eberhard, eu, Isa e João |
Para primeira prova depois da maratona, não podia ter corrido melhor. Não acusámos o esforço. Como seria a próxima?
Há vários anos que faço esta prova e é sempre um prazer voltar. Nas Lezírias, a equipa foi reforçada com o Orlando e a Marta.
Eberhard, João, Marta, Isa, eu e Orlando |
Nem imaginam a confusão que foi quando os fotógrafos nos viram |
Mais uma vez, a ideia era não forçar muito e depois logo se via. Aconteceria o mesmo que em Cascais?
O João ia acompanhar a Marta e eu ia correr com a Isa ( um hábito muito agradável que eu tenho ).
Começámos lentos para ver o que dava, não se sabia como o corpo reagiria desta vez. Ao atravessar a ponte, um atleta disse à Isa que lia o seu blogue, conversa para aqui, conversa para ali, acabou por fazer a prova connosco. Aparentava cerca de sessenta anos e corria muito bem. Chamava-se Gabriel e foi uma excelente companhia.
Duas semanas depois da maratona e já com mais uma meia maratona nas pernas, não estávamos nada mal. Sentia-se a diferença em relação à semana anterior, mas era um ritmo bastante aceitável.
No retorno, quando passámos pelo João e pela Marta, deu para ver que iam alegres e frescos. Gostámos de ver.
A certa altura, ainda se pensou bater a marca que a Isa fez em 2013. Foi por pouco, mas não foi possível.
Terminámos em boas condições físicas e isso é que interessava. Cortámos a meta juntos com o Gabriel.
Eu, a Isa e o Gabriel |
Vejam bem este sprint. E aqueles sorrisos. Dizem tudo sobre o que é correr nos "4 ao km".
Foi mais uma manhã bem passada, na companhia de amigos e da minha Isa.
Próxima prova, Meia maratona de Lisboa.
A logística desta prova é sempre complicada, mas correr uma meia maratona em Lisboa é sempre aliciante. Não consigo faltar.
Será que era desta que íamos passar por dificuldades? Tendo em conta o calor que ia estar, parecia que sim.
Fui com o João Lima e a Isa, em Sete Rios iria juntar-se a Marta. Como fomos mais ou menos cedo, não tivemos grandes problemas em chegar ao local da partida.
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Foi por aqui que entrámos |
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Pedro, João, Sandra, Nuno, Marta, eu e a Isa |
O tempo até à hora de partida, foi passado na conversa, nas filas para o xixi da praxe e num pequeno aquecimento.
E também a tirar fotos.
Era um dia muito especial para a Marta, ia fazer a sua estreia numa meia maratona e notava-se a sua normal excitação. O João e a Isa iam apadrinhar essa estreia.
Ainda me lembro do que senti aquando da minha estreia, são sentimentos que ficam para sempre.
Depois de desejar-mos boa corrida uns aos outros, lá fomos todos atravessar a ponte e correr 21 km.
Nos primeiros km logo deu para ver que o calor ia ter um papel muito importante no desenrolar da prova.
Parecia que as dificuldades, que não apareceram nas duas outras provas, se tinham juntado para dar cabo das nossas expectativas. Antes dos 10 km, já dava para perceber que o objectivo teria que ser acabar a prova nas melhores condições possíveis. Não daria para mais. O frio dos últimos meses, habituou-nos mal.
Aqui ainda dava para sorrir |
Aproveitámos os abastecimentos, não só para beber, mas também para refrescar a cara.
Costumo tirar fotos em provas, desta vez não tive muita vontade para isso. Resumia-se tudo a colocar um pé à frente do outro e esperar pelo final da prova. Quando passámos pelo João e pela Marta, percebemos que iam bem. A estreia da Marta estava a correr de feição. Isso era bom.
Na foto de cima, a nossa cara diz tudo. Estava-se perto da meta, só queríamos acabar.
Cortámos a meta com 2h12m, tanto a Isa como eu já fizemos melhor, mas isso era o que menos importava. Tínhamos concluído mais uma meia maratona, apesar das enormes dificuldades. E aprendemos sempre algo.
Que bem que soube aquele gelado!
Entretanto, o João e a Marta chegaram à meta. A Marta terminou com grande sucesso a sua primeira meia maratona. Mais uma grande atleta dos "4 ao km"!
No final da prova, os padrinhos Isa e João tinham uma pequena surpresa para a campeã.
Houve direito a bolo e a uma prenda, uma almofada com a foto dos padrinhos e da afilhada.
Parabéns Marta!!! |
Resumindo, conseguimos ultrapassar todas as dificuldades destas três provas.
Se calhar temos abusado, mas apesar das dificuldades desta última prova, estamos em razoáveis condições físicas. Aguentámos estas três semanas sem grandes mazelas.
Agora, eu e a Isa temos duas semanas para recuperar bem antes de nos dedicar-mos aos trilhos. E que desafios temos pela frente!